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A imagem mostra duas mulheres, provavelmente mãe e filha, conversando no computador, e ilustra a publicação: Usufruto: o que é e quais as vantagens? da Koetz Advocacia.

Usufruto: o que é e quais as vantagens?

O usufruto é um instrumento jurídico que, embora não seja amplamente discutido em conversas cotidianas, tem uma relevância significativa no Direito Civil Brasileiro. Ao falar de propriedades, herança e direitos de uso de bens, este é um conceito chave. Nesse texto explicaremos o que é usufruto e abordaremos o de imóvel, o vitalício, entre outras questões.

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Usufruto, o que é e qual o significado?

O Usufruto trata-se de um direito real temporário que permite a alguém, chamado de usufrutuário, explorar os benefícios e rendimentos de um bem que não lhe pertence. Esse bem é propriedade de outra pessoa, que chamamos de nu-proprietário. Durante esse período, o usufrutuário pode usufruir dos frutos e benefícios desse bem, seja ele um imóvel, móvel ou até mesmo direitos. Entretanto, ele tem o dever de preservar a substância e a essência do bem, não podendo realizar alterações que comprometam sua integridade. É uma maneira de garantir o uso e aproveitamento de um bem sem transferir sua propriedade definitivamente.

Qual é a lei do usufruto e o que ela diz?

O Código Civil Brasileiro regulamenta esse direito, especialmente nos artigos 1.390 a 1.411. A lei, presente no Código Civil, define as normativas que orientam a relação entre usufrutuário e nu-proprietário. Ela detalha como o usufruto pode ser estabelecido, exercido e finalizado, assegurando os interesses de ambas as partes envolvidas.

O que é direito de acrescer usufruto?

O direito de acrescer, nesse contexto, é um mecanismo para equilibrar os benefícios entre os usufrutuários, em casos de pluralidade. Imagine uma situação onde dois ou mais indivíduos possuam direito de usufruir um mesmo bem. Se, por alguma razão, um deles falecer, ou por algum motivo perder o direito de ser usufrutuário, sua parte não se extingue. Em vez disso, ela é redistribuída entre os usufrutuários remanescentes, ampliando a parcela de cada um. Contudo, é importante destacar que esse acréscimo só ocorrerá se não houver uma disposição contratual ou testamentária que determine um procedimento diferente para tais situações.

Como funciona o usufruto de imóvel?

No usufruto de imóvel, o usufrutuário tem o direito de usar o bem, morar nele, alugá-lo e usufruir de todos os seus rendimentos, mas não pode vendê-lo ou alterar sua estrutura sem autorização do nu-proprietário.

Usufruto e herança, como funciona?

No contexto de herança, o usufruto pode ser estabelecido em testamento, garantindo, por exemplo, que o cônjuge sobrevivente use a residência da família até sua morte, enquanto os filhos são os nu-proprietários.

É possível dizer que o usufruto é um adiantamento de herança?

Não necessariamente. Ele é um direito temporário sobre o uso e frutos de um bem. O adiantamento de herança refere-se à doação em vida feita pelo titular de um patrimônio aos herdeiros.

Preciso prever no testamento usufruto vitalício?

Não é obrigatório, mas é uma ferramenta utilizada para proteger o direito de uso de um bem por alguém após a morte do testador.

Quem herda o imóvel com usufruto?

Quem herda o imóvel é o nu-proprietário. O usufrutuário possui apenas o direito de uso e fruição do bem enquanto estiver vivo ou pelo período estipulado.

Posso colocar imóvel em nome dos filhos com usufruto dos pais?

Sim, é uma prática comum. Os pais doam o imóvel aos filhos e mantêm o direito de usufruí-lo, a fim de morar no imóvel até falecerem.

Como fazer doação com reserva de usufruto de forma legal?

A doação com reserva de usufruto deve iniciar com um procedimento junto à Receita Estadual. Após essa etapa, é necessário levar a documentação ao Cartório de Notas para formalizar por meio de escritura. Finalmente, registra-se a escritura junto à matrícula do imóvel no Cartório de Registro de Imóveis.

Como funciona o usufruto vitalício?

O usufruto vitalício garante ao usufrutuário o direito de uso e fruição do bem durante toda sua vida. Após sua morte, o nu-proprietário passa a ter a posse plena do bem.

Usufruto vitalício pode ser revogado?

De acordo com o artigo 1.410 do Código Civil, existem situações previstas na legislação que levam ao cancelamento desse direito. O usufrutuário, enquanto vivo, tem a opção de renunciar ao usufruto vitalício, mas para formalizar essa decisão, é necessário lavrar uma escritura pública de renúncia. Por outro lado, o nu-proprietário não pode revogar unilateralmente o usufruto vitalício concedido ao usufrutuário. No caso de falecimento do usufrutuário, o direito é automaticamente cancelado. Para oficializar tal situação, basta apresentar a certidão de óbito no Cartório de Registro de Imóveis, eliminando a necessidade de um inventário.

Bem em usufruto vitalício pode ser vendido?

O nu-proprietário pode vender sua nua-propriedade, mas o comprador deverá respeitar o direito vitalício. O usufrutuário, por sua vez, não pode vender o bem, mas pode ceder seu direito, com consentimento do nu-proprietário.

O que acontece com usufruto vitalício quando ocorre morte do proprietário?

A morte do proprietário não afeta o usufruto vitalício, visto que esse direito refere-se à vida do usufrutuário, e não do proprietário. O bem, por sua vez, passa aos herdeiros ou legatários do proprietário falecido, respeitando o direito do usufrutuário. Apenas o falecimento do usufrutuário extingue o direito, e os herdeiros ou legatários do proprietário adquirem a plena posse e propriedade do bem.

Como fica o bem em usufruto vitalício no inventário?

Durante o processo de inventário, o bem que está sob usufruto vitalício é listado e descrito detalhadamente, indicando-se a existência do direito em favor do usufrutuário. A propriedade do bem pertence ao nu-proprietário, mas ele não tem a plena fruição deste bem até o falecimento do usufrutuário. O usufruto pode afetar o valor do bem no inventário, uma vez que tal direito possui um valor econômico a se considerar na partilha. Assim, os herdeiros ou legatários terão direitos sobre o bem, mas respeitando a prerrogativa do usufrutuário de usar e gozar do bem até o término de sua vida.

O usufruto é uma ferramenta valiosa para planejamento patrimonial e proteção de direitos. Seja para garantir uma moradia ao cônjuge sobrevivente ou para planejar a transferência de bens entre gerações, esse instrumento oferece segurança e flexibilidade nas relações patrimoniais.

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