Exportação de Frango: o que você, empreendedor, precisa saber para expandir seus negócios além das fronteiras
Um dos maiores itens exportados pelo Brasil é a exportação de frango. No entanto, é importante entender os aspectos legais e os desafios envolvidos nesse processo.
Neste artigo, o nosso escritório de advocacia vai te guiar, de forma clara e descomplicada, pelo caminho da exportação de frango, fornecendo as informações essenciais que você precisa saber para expandir seus negócios com sucesso e segurança em nível internacional.
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Autor: Gustavo Tenório Campos Semaan
Introdução ao mercado internacional de exportação de frango
O mercado internacional de exportação de frango é um setor em expansão, repleto de oportunidades para os produtores brasileiros.
A exportação de frango tem se mostrado uma alternativa promissora, pois o Brasil é reconhecido mundialmente pela qualidade de sua produção avícola.
No entanto, antes de ingressar nesse mercado, é fundamental entender as normas e regulamentos brasileiros que regem a exportação de frango.
Essas normas têm como objetivo garantir a segurança alimentar, a rastreabilidade e a qualidade do produto exportado.
Uma das principais normas exigidas é a certificação sanitária, que comprova que o frango está livre de doenças e é seguro para o consumo humano.
No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é o órgão responsável por emitir essa certificação. Além disso, os frigoríficos que desejam exportar devem possuir registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF), o que garante que eles seguem boas práticas de fabricação.
Rastreabilidade
Outra norma importante é a rastreabilidade. Os produtores devem ser capazes de rastrear cada etapa do processo produtivo, desde a criação das aves até o momento da exportação.
Isso permite que seja identificado qualquer problema ou irregularidade, garantindo a transparência e a confiabilidade do produto.
Além das normas brasileiras, é essencial conhecer as exigências dos países de destino. Cada mercado internacional possui regulamentos específicos que devem ser atendidos.
Essas exigências podem envolver questões sanitárias, como a ausência de determinadas doenças, ou requisitos relacionados ao processo produtivo.
Para ingressar no mercado internacional de exportação de frango, é necessário cumprir todas as normas e regulamentos, tanto brasileiros quanto estrangeiros.
Isso demanda investimentos em infraestrutura, treinamento e monitoramento constante da produção.
Em resumo, a exportação de frango é uma oportunidade lucrativa para os produtores brasileiros. No entanto, é fundamental compreender e seguir as normas exigidas e obrigatórias, tanto as nacionais quanto as internacionais.
Dessa forma, garantimos a qualidade do produto exportado, a segurança alimentar e a sustentabilidade do setor avícola no Brasil.
Aspectos legais e regulatórios da exportação de frango
As leis e regulamentos sobre a exportação de frango no Brasil são importantes para garantir que o frango que é enviado para outros países seja seguro e de boa qualidade.
Essas regras foram criadas para cuidar da nossa saúde e para que o Brasil seja reconhecido como um lugar confiável na produção de alimentos.
Uma lei muito importante é a que fala sobre a inspeção dos produtos de origem animal, como o frango. Ela determina que os lugares que produzem esses alimentos precisam ser inspecionados para garantir que tudo esteja certo e seguro.
Outra coisa importante é o Decreto que regulamenta essa lei e estabelece as regras para a inspeção dos estabelecimentos que produzem frango.
Assim, eles precisam seguir todas as normas para garantir a segurança e a qualidade do produto que é exportado.
O Ministério da Agricultura é o órgão responsável por cuidar da exportação de frango. Eles emitem um certificado que prova que o frango está em boas condições para ser enviado para outros países.
Também é importante seguir boas práticas durante a produção, armazenamento, transporte e venda do frango. Isso é para garantir que o alimento seja seguro para o consumo.
Essas leis e regulamentos existem para proteger a nossa saúde e para que o Brasil seja visto como um lugar confiável na produção de frango. Assim, quando compramos frango exportado, podemos ter confiança na sua qualidade e segurança.
Planejamento tributário para a exportação de frango
O planejamento tributário é uma estratégia fundamental para empresas que desejam exportar frango no Brasil.
Esse processo envolve a análise e a aplicação de leis e regulamentos tributários específicos, visando otimizar a carga tributária e garantir a competitividade no mercado internacional.
Uma lei importante a ser considerada é a Lei nº 9.430/1996, que estabelece normas gerais para a legislação tributária federal. Essa lei define os princípios e as regras para o planejamento tributário.
No âmbito federal, uma das medidas relevantes é a possibilidade de utilização de regimes aduaneiros especiais, como o Regime Aduaneiro Especial de Drawback.
No que se refere aos impostos, é importante mencionar a Lei Complementar nº 87/1996, conhecida como Lei do ICMS, que estabelece normas para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações de exportação.
De acordo com essa lei, as exportações são isentas de ICMS, o que contribui para reduzir a carga tributária nas operações de venda para o exterior.
Além disso, é necessário considerar a legislação estadual, pois cada estado possui sua própria legislação para a cobrança de ICMS.
É importante conhecer as particularidades de cada estado e as possíveis isenções ou benefícios fiscais oferecidos.
Outro aspecto relevante é a análise dos tratados internacionais para evitar a dupla tributação.
O Brasil possui acordos bilaterais com diversos países, que estabelecem regras para evitar a tributação do mesmo lucro tanto no país de origem quanto no país de destino.
Esses tratados podem reduzir a carga tributária nas operações de exportação de frango.
Contratos internacionais e direito internacional privado
Os contratos internacionais são acordos estabelecidos entre partes localizadas em diferentes países, e sua regulamentação no Brasil envolve o Direito Internacional Privado.
Nesse contexto, há leis e regulamentos relevantes que devem ser considerados na elaboração e execução desses contratos.
Uma lei importante é a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), também conhecida como Decreto-Lei nº 4.657/1942.
Essa lei estabelece as regras gerais de aplicação do Direito Internacional Privado no Brasil, incluindo a resolução de conflitos de leis e a determinação da jurisdição competente.
Outro ponto importante é a Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias (CISG), ratificada pelo Brasil.
Essa convenção estabelece regras uniformes para a formação e a execução de contratos de compra e venda internacional de mercadorias, simplificando e harmonizando as relações comerciais entre os países signatários.
Além disso, é relevante considerar a legislação específica para certos setores.
Por exemplo, no caso de contratos no ramo de transporte marítimo, a Lei nº 9.611/1998, que regulamenta a exploração do transporte marítimo, estabelece regras aplicáveis aos contratos de transporte internacional de cargas.
Outro aspecto importante nos contratos internacionais é a cláusula de escolha de lei e jurisdição. As partes podem estipular qual legislação será aplicável ao contrato e qual tribunal será competente em caso de disputas.
No entanto, é fundamental verificar a validade e a eficácia dessas cláusulas de acordo com as leis do país em questão.
É válido ressaltar que o apoio de um escritório de advocacia especializado em Direito Internacional Privado é essencial para garantir que os contratos internacionais estejam em conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis.
Documentação essenciais para a exportação do Frango
Para exportar o frango brasileiro, é necessário ter a documentação correta.
Esses documentos são importantes para garantir que tudo esteja de acordo com as leis e regulamentos, além de garantir a segurança das transações.
Veja quais são os documentos essenciais:
- Registro de Exportação (RE): Esse documento é emitido pela Receita Federal e é obrigatório para todas as exportações. Ele contém informações sobre a empresa exportadora, o tipo de produto, o país de destino e outras informações importantes.
- Nota Fiscal de Exportação: É um documento fiscal que comprova a saída do frango do Brasil. Ele mostra detalhes sobre o produto, como quantidade e valor.
- Certificado Sanitário e Fitossanitário: Esse certificado é emitido pelo Ministério da Agricultura e atesta que o frango está livre de doenças e é seguro para consumo. É uma garantia de que o produto atende aos requisitos do país importador.
- Certificado de Origem: Esse documento prova a procedência do frango, ou seja, mostra que ele é realmente do Brasil. Alguns países podem exigir isso para conceder benefícios fiscais.
- Conhecimento de Embarque: É um documento emitido pela transportadora que prova que o frango está sendo transportado de forma segura até o destino final.
Lembrando que cada país importador pode ter requisitos específicos, então é importante buscar orientação de profissionais especializados.
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