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A imagem mostra uma mulher em seu escritório sorrindo, e ilustra a publicação da Koetz Advocacia: Herança Jacente e Vacante: o que são, diferença e prazo

Herança Jacente e Vacante: o que são, diferença e prazo

A compreensão das nuances de herança jacente e herança vacante é fundamental para lidar com situações onde os bens de uma pessoa falecida não foram reivindicados ou não têm herdeiros conhecidos. Este artigo visa esclarecer esses conceitos, destacando as diferenças e prazos associados a cada um deles, além de abordar como o auxílio jurídico pode ser crucial nesses casos.

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O que é Herança Jacente?

Herança jacente é um conceito jurídico que descreve a situação dos bens deixados por uma pessoa falecida que ainda não foram reivindicados por herdeiros. Este cenário ocorre quando os herdeiros são desconhecidos ou não se apresentaram para assumir a herança. A condição de herança jacente inicia-se no momento do falecimento e continua até que herdeiros legítimos sejam identificados ou até que a herança seja declarada vacante pelo Estado.

Durante o período em que a herança permanece jacente, pode ser nomeado um curador para administrar os bens. Esse curador tem a responsabilidade de conservar e proteger o patrimônio, evitando a sua depreciação ou perda. A herança jacente é, portanto, um estado transitório que requer ações específicas para a gestão do patrimônio até a resolução da situação dos herdeiros.

Diferença entre Herança Jacente e Vacante

A distinção fundamental entre herança jacente e vacante se encontra na situação dos herdeiros. Na herança jacente, os herdeiros do falecido existem, porém, estão ausentes ou ainda não foram identificados. Este cenário mantém-se até que sejam localizados herdeiros legítimos ou até que se esgote o prazo legal para que se apresentem.

Em contrapartida, na herança vacante, após o término do prazo estipulado pela legislação, e sem a identificação de herdeiros ou interessados legítimos, os bens do falecido são transferidos para o Estado. Este passo é adotado após um período estabelecido em lei, que permite tempo suficiente para que possíveis herdeiros se apresentem e reivindiquem a herança.

Qual o Prazo da Herança Jacente?

No contexto do direito brasileiro, o prazo é de cinco anos a contar da abertura da sucessão. Durante este tempo, a herança não se integra ao patrimônio da Administração Pública, mesmo que ocorra renúncia expressa dos herdeiros. A renúncia dos herdeiros apenas antecipa a declaração da vacância da herança.

A habilitação de herdeiros legais deve ocorrer dentro desse prazo de cinco anos após a abertura da sucessão. É importante salientar que os herdeiros colaterais, como tios, primos e outros parentes mais distantes, precisam realizar sua habilitação na sucessão antes da declaração da vacância. Caso contrário, após a declaração da vacância, eles são excluídos do processo de sucessão e os bens passam a ser propriedade da Administração Pública, conforme estabelecido pelo parágrafo único do artigo 1.822 do Código Civil Brasileiro.

O que é Herança Vacante?

Herança vacante é a situação que se configura após o término do período estabelecido para a herança jacente, sem que herdeiros ou interessados legítimos se apresentem. Neste cenário, os bens deixados pela pessoa falecida são transferidos para a posse do Estado. A partir desse momento, o Estado assume o direito de administrar, utilizar ou dispor desses bens, seguindo as diretrizes e normativas previstas na legislação vigente.

Qual é o Prazo da Herança Vacante?

No Brasil, o prazo para que uma herança seja declarada vacante inicia-se imediatamente após o término do prazo de cinco anos estabelecido para a herança jacente, contados a partir da abertura da sucessão. Durante este intervalo, os bens não são integrados ao patrimônio da Administração Pública, mesmo que haja renúncia expressa dos herdeiros. A renúncia antecipa apenas a declaração de vacância da herança.

Se, após esses cinco anos, não houver a habilitação de herdeiros legais, inclusive os colaterais, como tios, primos, entre outros, a herança é então declarada vacante. Com a declaração da vacância, os herdeiros colaterais são excluídos do processo sucessório e os bens passam a ser propriedade da Administração Pública, de acordo com o parágrafo único do artigo 1.822 do Código Civil Brasileiro.

O que Fazer em Caso de Herança Jacente?

Quando se depara com uma situação de herança jacente, a primeira e mais importante ação é buscar orientação jurídica especializada. Um advogado com experiência em direito sucessório é essencial para navegar pelas complexidades desse tipo de herança. Esse profissional poderá esclarecer os direitos e deveres envolvidos, além de fornecer um roteiro claro de ações a serem tomadas. A assistência de um advogado é crucial para identificar possíveis herdeiros, que podem ser parentes distantes ou não imediatamente conhecidos, e para garantir que todos os procedimentos legais sejam seguidos adequadamente.

Além da identificação dos herdeiros, o advogado pode auxiliar na gestão dos trâmites legais, como a apresentação de documentos necessários e a representação em processos judiciais, se necessário. Ele também pode orientar sobre as implicações fiscais e as melhores estratégias para a proteção do patrimônio durante o período em que a herança permanece jacente. Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma busca ativa por herdeiros, o que pode incluir desde pesquisas genealógicas até anúncios públicos. A orientação jurídica assegura que todas essas etapas sejam realizadas de maneira ética e em conformidade com a lei, evitando complicações futuras e garantindo que os direitos de todos os envolvidos sejam respeitados.

O que Acontece em Caso de Herança Vacante?

Na herança vacante, os bens são absorvidos pelo Estado. O Estado pode usar esses bens para fins públicos ou vendê-los, com o dinheiro arrecadado sendo utilizado conforme determinado pela lei.

A Necessidade de Advogado para Herança Jacente ou Vacante

Ainda que a legislação não exija expressamente a contratação de um advogado para lidar com heranças jacentes ou vacantes, é fortemente aconselhável ter o acompanhamento de um profissional especializado nesses casos. O advogado desempenha um papel crucial em fornecer orientação legal precisa e detalhada, que é essencial para navegar pelas complexidades do direito sucessório. Este suporte é particularmente valioso na localização de herdeiros, que pode ser um processo intrincado, envolvendo a análise de documentos, investigações genealógicas e, em alguns casos, buscas que se estendem para além das fronteiras nacionais.

Além disso, um advogado pode gerenciar todos os trâmites legais necessários, garantindo que os procedimentos sejam cumpridos corretamente e dentro dos prazos estabelecidos. Isso inclui a preparação e apresentação de documentos, representação em processos judiciais e orientações sobre as implicações fiscais relacionadas à herança. Em casos de herança vacante, onde os bens são transferidos para o Estado após o período estipulado, o advogado pode ajudar a compreender as implicações desse processo e explorar possíveis ações para reivindicar a herança antes que ela seja declarada vacante. Portanto, a assistência jurídica é fundamental para assegurar que os direitos dos envolvidos sejam protegidos e para facilitar a resolução eficiente e legal da herança.

Como o Advogado Pode Auxiliar nesses Casos?

Em casos de herança jacente ou vacante, um advogado especializado em direito sucessório torna-se um aliado indispensável. Seu primeiro papel é auxiliar na identificação de herdeiros legítimos. Isso pode envolver uma investigação detalhada, que abrange desde a análise de registros familiares até a realização de pesquisas genealógicas. Uma vez identificados os herdeiros, o advogado facilita o processo de reivindicação da herança, orientando sobre a documentação necessária e os procedimentos legais a serem seguidos.

Além da identificação e reivindicação de herdeiros, o advogado representa os interesses dos envolvidos perante a justiça. Isso inclui a defesa dos direitos dos herdeiros em processos judiciais, a negociação de acordos e a resolução de eventuais disputas. Em termos fiscais, o advogado pode fornecer orientação crucial sobre as implicações tributárias relacionadas à transferência da herança. Ele esclarece sobre os impostos aplicáveis e ajuda a estruturar a transferência de bens de forma que minimize o ônus fiscal.

No contexto da transferência segura dos bens, o advogado supervisiona e assegura que todos os passos sejam executados de acordo com as leis vigentes. Isso envolve desde a preparação e registro de documentos legais até a coordenação com outras entidades envolvidas, como bancos e cartórios. Em suma, o advogado proporciona uma orientação abrangente e especializada, assegurando que todos os aspectos da herança sejam tratados de forma eficiente, legal e justa para todas as partes envolvidas.

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